Carlos Vaz Marques, o entrevistador de Pessoal e Transmissível, na TSF, não é licenciado em Jornalismo. Considera que pertence “à última geração que não teve de passar por qualquer curso para ter acesso à vida profissional”.
Estando na mesa redonda, a necessidade de uma licenciatura em jornalismo para o exercício da profissão, o radialista considera “importante ter uma formação qualquer, não necessariamente em jornalismo”. Esta exigência académica leva a que “as novas gerações de jornalistas estejam melhor preparadas”.
Apesar de uma formação teórica “imprescindível”, para Carlos Vaz Marques, a prática é “fundamental”. É convicto quando diz que: “é aí que se faz mesmo a triagem”.
Gosta de entrevistar, mas é a reportagem que "prefere”. Porém, devido aos custos que acarreta, é um género não muito praticado em Portugal. Para o radialista, a reportagem para “além de demorar mais tempo na preparação, é também mais incerta. Tudo contribui para o facto de ser um investimento, onde as empresas, por falta de capacidade ou desejo, não investem”.
Num pais onde é difícil “escoar os jornais” e os gratuitos entram, também, agora, na corrida, Carlos Vaz refere que estes são “uma ameaça terrível” porque se desenvolve a crença na informação “gratuita”. E “a informação bem feita e com qualidade é muito cara”, acrescenta.
Os áudio-livros e os podcastings podem vir a ser “trampolins de rejuvenescimento para a rádio”. Porém, para o radialista, é necessário apostar no “know-how que os amadores ainda não têm, mas pode ser desenvolvido tal como nos blogues”.
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