sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Carlos Vaz Marques:"a rádio é especial"

Lisboa, 12h40. O momento Pessoal e Transmissível do dia, hoje, não se fez apenas na TSF. Hoje, também no Vasco da Gama, Carlos Vaz Marques conversou, mas do lado do entrevistado. Foi sorridente, profundo nas palavras e expressivo nas feições. A comunicação em geral e a arte de entrevistar em particular são o oceano, onde o radialista se sente como “peixe na água”.

Carlos Vaz Marques tem 43 anos. É jornalista desde 1987 e integra a equipa da TSF desde 1990. Lá, já coordenou a manhã informativa, o Fórum TSF e o programa Pessoal e Transmissível, desde 2001.


Para ele, "a rádio é especial”, é “uma espécie de janela sonora para coisas diferentes daquelas que habitam, normalmente, no dia-a-dia. Põe-nos em contacto com outras formas de ver, de pensar, permitindo-nos manter activos em termos de imaginação”.


Apesar de ser onde se sente mais à vontade, a entrevista não é o género que mais gosta, mas sim a reportagem. O radialista afirma que o “jornalismo português, hoje, tem pouco espaço para a reportagem porque ela é muito mais cara do que a entrevista”. Para além disso considera que “o rendimento do género reportagem em termos de ocupação, quer na rádio, quer no jornal, é muito menor do que o da entrevista”.


Para o programa Pessoal e Transmissível já fez “mais de 600 entrevistas”. Quando questionado sobre a sua preferida, rindo-se, respondeu que já deu “mais do que uma resposta a essa pergunta”. Gostou de muitas, considera difícil escolher apenas uma. Porém, disse que a última que lhe deu mais gozo fazer foi ao musico Toots Thielemans. Ele “foi de uma generosidade incrível, fartou-se de tocar. É fantástico!”

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